terça-feira, 28 de julho de 2009

Os Meandros Divagantes do Intelecto

Nem mesmo o sopro sobre a serpente
Ou o rio bravo da audácia, da palavra sem tema
Seguram no menor esforço de, sentido, teorema
O simplismo do nome, Alma, somente


Protótipos do pensamento, fumos, vagueiam
Sem aroma ou corpórea essência, louca
Que exalando sentença, fria, dura, rouca
Existem símbolos que se escapam, meneiam

Possui-se toda a carne, pela força de um grito
Encarna-se todo o vocábulo, profundo interno
Escava-se no ser a razão da procura, o inferno

E quando, então cessa a busca,
Termina o rio na negra barcaça
A prata é pouca, para a carcaça
Só uma peça, baça, de luz fusca…

Acaba-se todo o mito… alma e espírito…

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Questão Anónima

A mente por si só desenvolve gestos estranhos
Que se movem entre os centros oculares, negros
Serenamente…

Da íris para os dedos magros, das mãos mais manchadas
Que na escrita mais complexa mentem descaradamente
Sobre as visões mais anormais, dando-lhe uma cor
Qualquer…

E a verdade… é…

Que tão pura e simplesmente
A morte por vezes… clarifica todos os horizontes…

Morre o erro, a razão, a duvida… a humana transição!

Viagem simplista dos comportamentos, enquanto
Tudo se impele de forma impulsiva adiante da razão

E…

Entre todas as razões, arrasta-se a ilusão…