Planos desesperados são o recurso do limite
Encontrando-me no limiar do sono profundo
Noutro mundo, segundo considerações que dite
Digo, não por dizer, não, não neste mundo
Saltar então, para a morte ou ficar, morrer
Sobre o meu próprio pé, rezando, sem fé
Sentir que a vida escorrer entre os dedos
Com ou sem visões de uma existência, feliz
Quem o diz?
O vento leva-me contrariado…
Nas pontas dos dedos
Em bicos de pés
Perco equilíbrio
Caio…
Não vejo o fundo, colorido ou pintado!
Apenas sigo o vento cortante do precipício
Escuridão adentro a toda a brida, hospício!
Abro os braços
Estico as pernas
Encaro o vazio
E acelero ainda mais
Na direcção vertical
Perco o medo
Cerro os olhos e
Perco-me na queda!
.…..
Acordo… apenas um sonho…
Apenas, SOS.
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Ciclo de poemas dedicados ao DPSM