Somos termos apostrofados num marnel de letras mortas
Tudo se eclipsa num ponto de convergência incapaz
E pergunto… “Porque somos tão diferentes?”
Idoneidade preconcebida na superstição emocional
“Todos são iguais” …… “Todas são iguais”
Defesa no automatismo da rejeição pragmática
E delega-se ao silêncio, o que em dias era sono
Isolam-se na diáspora os motivos do esconjuro
“Somos demasiado diferentes, tu… e eu…”
Mas… não me convence
Que nas pequenas loucuras
Por diminutas que sejam
Encontro sempre sentidos
Partilhei sonhos, partituras
Até dores ainda vivas, torturas
E sei que se o fiz, tive razão
Mesmo que não passe de ilusão
Ou desilusão, no fim, no extremo
Tenho medo, mas não êxito…
Nem tremo…
Porque tudo o que quero é:
Saber, se ainda há quem se interesse…
Por este meu mundo…
Tão pequeno…
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Voo Picado
Sinto vontade
De correr este navio que se levanta
Como quem faz linhas sobre a água branca
Mar gelado, salvação e morte…
Queda, perdido à mera sorte…
Navegar esta ilha contra um continente
Na testa do rochedo, encalhar permanente
Mergulha-la nos tormentos da Inquisição
Aninhar-me… talvez encontrar, posição…
Enterrar os pés na montanha…
Ficar onde as arvores sabem o meu nome
As videiras sabem o meu cheiro
O rio conhece os meus pés
A terra tem a minha cor…
Porque um dia decidi voar no mastro
E guiar o barco terra a dentro sem olhar
….
Indivisível inferência sobre o inverno incontornável de incomparáveis negações no indelével sonhador inveterado… i… i… “… e cala-te… estás a falar demais… está frio, anda para dentro…”
E então lembro-me… “que”
De correr este navio que se levanta
Como quem faz linhas sobre a água branca
Mar gelado, salvação e morte…
Queda, perdido à mera sorte…
E …
Navegar esta ilha contra um continente
Na testa do rochedo, encalhar permanente
Mergulha-la nos tormentos da Inquisição
Aninhar-me… talvez encontrar, posição…
E…
Enterrar os pés na montanha…
Ficar onde as arvores sabem o meu nome
As videiras sabem o meu cheiro
O rio conhece os meus pés
A terra tem a minha cor…
Por vezes esqueço-me de falar…
Porque um dia decidi voar no mastro
E guiar o barco terra a dentro sem olhar
….
Indivisível inferência sobre o inverno incontornável de incomparáveis negações no indelével sonhador inveterado… i… i… “… e cala-te… estás a falar demais… está frio, anda para dentro…”
E então lembro-me… “que”
Tão só e apenas…
Por vezes me esqueço de respirar…
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