Nunca na minúscula história…
…da humanidade reduzida deste ser,
Se deu ou se ficou provado, que:
“Mais que em palavras, é possível, ser amado.”
Claridade, propositada, obscurecida
Por vontade de não se libertar do leito
De ser eterno braço em redor do peito
Ficar… na paixão desmedida…
E apenas sentir, cada fôlego, que se perdeu
E perguntam-me as almas do purgatório:
“Onde está o homem? Para onde foi?”
Ao que returco com o mero silencio dos lábios
Porque é certo sabido para os grandes sábios
“Que o sonho do universo e tudo nele contido
É regressar ao que um dia foi, como prometido”
E o homem retorna ao conforto do seio e do ventre
Nos braços ternos de uma mulher que o ama
Forte… incondicionalmente…
E sonho renasce, rejuvenesce, regozija…
De ser rio que encontra o mar...
De um dia ser fonte de nova vida…
De Saber, a palavra “Amar”…
terça-feira, 12 de julho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
Em ti, por ti, contigo
Expectativa infinda na obra inacabada
Uma vida aquém de o ser, talvez defunta
No toque dos teus olhos ganha fulgor rubro
Luz incandescente e luminescência ardente
Dormência, intuição de dor, a ferida aberta
A renúncia à entidade, existência devotamente…
Dedicada ao acto de não confiar, no amor… foge
Em ti, por ti, contigo…
Moção de matéria limitada, inanimada
Nuvens negras no céu carregado de cinzas
Velas que ardem sem destino, apenas um finito certo
Que sem se darem conta caminham no sentido de…
Despertar de afecções mútuas num dançar entre olhares
E um grito mudo que cerca duas bocas que se tragam
“Eu quero ser a chama, o clamor das brasas e do fogo”
Em ti, por ti, contigo…
Um exército de passos descontrolados
A força que arrasa as diferenças entre os corpos
E os liberta no desnível de uma cama que cai no chão
Sem controlo… morrer de beijos… de carícias…
Engasgar-se sem expirar de tanto gritar por dentro…
E um púlpito feito palco de um prazer sem fim
Em ti, por ti, contigo…
E fico… quero ficar… confiar, amar…
Depositar o conteúdo do meu peito…
Em ti… por ti… e o deixar, para sempre, contigo…
Uma vida aquém de o ser, talvez defunta
No toque dos teus olhos ganha fulgor rubro
Luz incandescente e luminescência ardente
Dormência, intuição de dor, a ferida aberta
A renúncia à entidade, existência devotamente…
Dedicada ao acto de não confiar, no amor… foge
Em ti, por ti, contigo…
Moção de matéria limitada, inanimada
Nuvens negras no céu carregado de cinzas
Velas que ardem sem destino, apenas um finito certo
Que sem se darem conta caminham no sentido de…
Despertar de afecções mútuas num dançar entre olhares
E um grito mudo que cerca duas bocas que se tragam
“Eu quero ser a chama, o clamor das brasas e do fogo”
Em ti, por ti, contigo…
Um exército de passos descontrolados
A força que arrasa as diferenças entre os corpos
E os liberta no desnível de uma cama que cai no chão
Sem controlo… morrer de beijos… de carícias…
Engasgar-se sem expirar de tanto gritar por dentro…
E um púlpito feito palco de um prazer sem fim
Em ti, por ti, contigo…
E fico… quero ficar… confiar, amar…
Depositar o conteúdo do meu peito…
Em ti… por ti… e o deixar, para sempre, contigo…
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Musica da Ausência
Numa noite, dotada do mais completo silêncio
Decidi saltar sobre o abismo com dois passos…
Como um Inverno de Vivaldi
Ou na calma dança chorosa de Ravel…
Caí ao vórtice da 54ª nota no número 5 da 23ª ópera:
Pesar profundo por quem me falha nas horas de mutismo
Ou desvio, ilusão prismática, privação… amor…
Ou vontade…
De voltar a ver-te… quem sabe…
Foste, porque tinhas de ir
Chorei, porque não te tinha mais
Decidi saltar sobre o abismo com dois passos…
Como um Inverno de Vivaldi
Ou na calma dança chorosa de Ravel…
Caí ao vórtice da 54ª nota no número 5 da 23ª ópera:
Um “dó”… menor…
Pesar profundo por quem me falha nas horas de mutismo
Os desejos de autismo, um mundo cortado do ego, centrismo…
Talvez… dor…
Saudade…
Ou vontade…
De voltar a ver-te… quem sabe…
Foste, porque tinhas de ir
Eu parti, porque já não podia ficar
Ainda lamento…
Não ter os teus olhos, para me olhar…
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Ao meu avô.
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