terça-feira, 11 de agosto de 2009

Obliterações mudas

Quando se tenta por fé ou vontade
Destruir à menor réstia todo o passado
Seja por meio de memória, papel queimado
Ou cabalmente, por promessa de saudade

Escutar as direcções de um futuro, oculto

Encontro nos métodos do cerrado silêncio
O conforto da retórica plana, dura e insípida
A cortesia é arma para a lacuna de sentimento
Mas se o faço, desejo evitar, a verdade despida

Factos contundentes, sem fuga obvia

Corto então pedaços vivos do meu mero ego
Que escondo por entre os canaviais do rio
Detrás do rochedo, na água morta, no frio
Todos os momentos, da vergonha, se fui cego

Lamento apenas, não os poder dourar, aos pedaços

Para os poder dar, ou vender…

2 comentários:

Maria Oliveira disse...

Não se pode destruir um passado... mas pode-se renascer a partir dele!

Abraço

Pandora Lupé disse...

Haro!!
Sinceramente não percebo ou não quero perceber o que tentas transmitir...
Fico à espera de uma luz;)
kiss**