terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Valete de espadas

Lançadas cartas sobre o verde da mesa, e
Em tom de tiros de bombarda, arma e morte
Uma-a-uma, tal como as balas, ditam a sorte
Ao lado do rei, na corte, está o mártir...
Cavaleiro, vingador magno!

Os motivos de procurar o passado, que
Encontro no acto de egoísta de partir
Fez de mim um bastardo quase poeta
Que nunca há-de atingir a ansiada meta
Lançada seta, ao peito...
Ou espada, rainha da vontade!

Pois sou protector, lenda, guerreiro, temor!
Quero crer que esta dor seja apenas metade,
Pois cortei em dois a fonte do meu amor...
...
O céu perdeu então...toda a cor...
...
Hoje eu sou como carta perdida
De um jogo acabado, na minha ausência...

Uma valete de Espadas marcado a ferro...

Que pediu para ser rejeitado...
No doloroso jogo do amor...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A morte do rouxinol

Assobiava, só

Quando uma lágrima…

Me interrompeu os lábios



Fico aqui, somente

Pensando,

Não no que foi,

Nem o que é

Mas…

O que não poderá ser…



Calou-se a melodia,

Que trazia no sopro

Estou… então, calado



Amanha, o dia será outro…