sábado, 23 de maio de 2009



Para breve... espero eu...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nunca me mintas

Se um dia a verdade te trair as palavras
As mais simples que os teus lábios soltarem
Pelo fundamento mais imerso na escuridão…
Por medo
Por mera distracção
Falta da minha atenção… que sei eu!

Mesmo que por vezes penses que foram tolos sonhos
Tão só e apenas…
Diz-me…
Conta-me…
Revela tudo…

Não suporto os segredos ancorados nas tuas pupilas
Espreitando… no negro centro da íris…

Se não souberes mais como falar… GRITA!!!

Como as guitarras eléctricas na minha mente!
Como os tiros escondidos na batida da musica!
Como uma porta que bate ao fechar nas costas!

Se me assustares… acordarei…
Se me magoares… aprenderei…
Se eu fugir… não sei… se voltarei…
Se me sinto traído… morres para mim…

Diz-me então… sempre… antes que eu parta de vez,
Na noite fria, em busca de estrelas no fundo do poço…
Procurando no abismo o reflexo de uma luz
Que me carregue…

Diz-me sempre…
A verdade mais pura…

Naquilo que sentes…

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Diabo anda nas ruas da cidade

Eu hoje vi o Demo passear-se nas ruas da cidade.
Trazia atadas aos pés duas crianças e meia, que arrastava pelas veredas de terra batida e nos paralelos de granito.
As duas crianças e meia, vendadas e atadas aos pés do Belzebu, não choravam, não riam, somente e apenas gemiam em tom de cantiga de embalar, ao tom do próprio andar dos negros pés que as pisavam e arrastavam.
Quando eu, e só eu, vi as duas crianças e meia batendo na estrada aos pés de Lúcifer, gritei bem alto, até que a voz me traiu: “Salvem as crianças que são levadas nos pés do Demónio!!! Alguém as liberte!!!”
… Todos me olharam, na minha figura… alguns riram… outros falaram… “…psh psh psh… é louco, deixa-o… psh psh psh… não ligues…”
…Até as crianças, todas as duas e meia que eram, me olharam de espanto, como se as acusasse de crimes contra a lei de Deus, quando eu só as queria salvar…
As duas crianças e meia… tinham nomes, apesar de pequenas… tinham nomes!... e desses seus nomes, sei apenas o primeiro de cada uma das duas e meia… “Orgulho”, “Inveja” e “Ira”…
Vi então, escrito nas folhas de uma arvore, “Tu és do dono do Inferno!” e soube então, que todas elas por inteiro, as duas crianças e meia, eram filhos da minha dor, órfãos da minha mente decadente, partes do ser que renego constantemente… que nem eu quero salvar… e se o Diabo se diverte, levando-as aos seus pés pelas ruas da calçada, é somente porque os pecados que cometi, por pura e mera estupidez, são recreio para o fogo das línguas afiadas, que me consomem os pensamentos sem saírem das bocas que as carregam… matam-me o pensamento a cada dia… com esses pensamentos…
Dói-me então… todo o espírito… que não sei se quero, salvar ou deixar ir… as duas crianças e meia atadas aos pés do Demónio…

terça-feira, 12 de maio de 2009

Volto em breve com novos textos...


Beijos e Abraços...