Decidi saltar sobre o abismo com dois passos…
Como um Inverno de Vivaldi
Ou na calma dança chorosa de Ravel…
Caí ao vórtice da 54ª nota no número 5 da 23ª ópera:
Um “dó”… menor…
Pesar profundo por quem me falha nas horas de mutismo
Os desejos de autismo, um mundo cortado do ego, centrismo…
Talvez… dor…
Saudade…
Ou vontade…
De voltar a ver-te… quem sabe…
Foste, porque tinhas de ir
Eu parti, porque já não podia ficar
Ainda lamento…
Não ter os teus olhos, para me olhar…
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Ao meu avô.
3 comentários:
Uma dor que nos comove em toda a sua beleza, um sentimento que prevalece além tempo no tempo e nas pautas da tua poesia, numa melodia que a tua alma singular toca e nos toca...
Sempre atenta aos teus escritos!
Beijinho em ti!
Inês Dunas
Numa noite, dotada do mais completo silêncio
Decidi saltar sobre o abismo com dois passos…
Como um Inverno de Vivaldi
(...)
A parte que sublinho, introduz de forma muito bela um imenso poema que se revela com uma ternura que encanta, toca e demora no leitor
Onde os passos são pautas e os tons saudades
Gostei muito
Abraço
Muito bonito. :)
Aproveito para te oferecer um selo que poderás colocar no teu blog: http://schizophreniaofthesenses.blogspot.com/2011/03/primeiro-selo.html
Um beijo.
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