Brincadeiras quase inocentes, do perder e não encontrar
Do receber sem poder dar, assuntos demasiado sérios
Que fomentam mentes desocupadas nas palavras vãs
Mas choram então, as almas que já nem o dizem sequer
O desejo de arrancar a dor ao mundo, nem que seja assim
Pela força das mãos, que estalam num pobre rosto perdido
Entre lágrimas e céu negro, olhos cor do sangue mais vivo
Já nem as lágrimas se aproximam para ver, tanta que é a dor
E tu dizes-me tão simplesmente, que já não sabes mais
Se é sangue que te corre dentro da cabeça dorida, carregada
Ou se é gelo, que te pesa, te corta, te mata toda a alma…
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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2 comentários:
mais uma vez profundo...
gostaria de saber em que ou quem é que estavs a pensar quando escreveste este poema.. ???
por um lado identifico me com a parte de ja nao saber mais...
\kiss\ Rita...
Sr. Afonso você escreve muito bem, bem até de mais… assim por dizer!! Este está excelente, como todos os outros!! É verdade que gostava mais quando sentia uma enorme felicidade cada vez que lia um poema seu, mas também não peço que transmita o que não sente já que o poeta é fingidor mas finge a dor que deveras sente…
Pudesse eu também tirar a dor do mundo com as minhas próprias mãos, mas também já desisti disso;) mais vale tentar tirar a dor de dentro de nós próprios (e até isso é tão complicado) e assim, podemos não trazer felicidade ao mundo inteiro, mas sem dúvida que os que nos rodeiam se vão sentir melhor.
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