Finalmente virado do avesso, com ou sem retorno
Vejo, ouço, cheiro, provo, sinto, mas não penso
No ponto de partida de um abismo que se abre
Encontro o conforto de uma queda sem amparo
Que o ar frio me corte, o rochedo me queime
No fogo interno e eterno de um inferno meu!
Mergulho enfim no sentimento que me persegue
Mais por mal que por um outro qualquer bem
Assumo nas mãos o sangue do meu sacrifício
E corto do peito o próprio âmago da impureza
Se em evolução de afecções quase infecciosas
Somos imoladas vítimas desse objecto frio
Que alguns tomam por quente como fogo
Eu digo apenas… amor… é o fim do jogo…
Regresso ao estado primordial da matéria etérea
E sofro a divisão Cartesiana nos prazeres e razões
Não mais me perco por alma que não me pertence
Pois não há alma que eu queira mais que a minha!
E a vida recomeça, após o quebrar do vaso caído
Sobre as cinzas nasce o nome escrito com os dedos
Do destino que há muito foi escrito… “Infrequentia”
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
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