terça-feira, 4 de novembro de 2008

Insistida Negação

Aspirat primo Fortuna labori
Me duce tutus eris
Vox populi vox Dei
Ad majorem Dei gloriam
Ad infinitum


O destino sorri sobre os vossos esforços
Debaixo da minha liderança estarás a salvo
A voz do povo é a voz de Deus
Para grande gloria de Deus,
Para o infinito!
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A chuva cai e o silêncio muda de cor
Molhando o rosto das folhas já caídas
Tropeçando ao de leve nas gotas de si
Num tom do assobio surdo, de alguém
E eu assobio leves trovas para o céu
Como que cantando para o embalar

Não há Deus para o espírito que carrego
Não existe força que segure esta angústia
Que escava alma adentro sem piedade
Roubando todos os desígnios maiores do ser

O céu esmoreceu sem mais estrelas para brilhar
Por lhe faltarem respostas para os meus gritos
Produzidos do medo de ser parte da doença
Que secou todas as lágrimas do relento gelado
Que sorveu todos os respingos salgados do olhar
Que desviou o rio, para não correr para o mar

O vento deixou de levar o moinho ao ar
E a chuva já não cai nos meus olhos
O ar foi fogo por um segundo inteiro
E a erva já não é mais verde, mas negra
O carvão tomou de assalto toda a paleta
E já não há Deus que valha…

Pelo meu trabalho inconcluído… Nem o diabo me carregou!

Já não sou mais voz… não mais falo…

A glória está na força… que não tenho…

E o infinito estará sempre longe demais para os excomungados!

1 comentário:

Pandora Lupé disse...

pke n fikas bem rápido ='(