segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sombras na vida

Não são apenas os meus dedos
Que encontram os teus, só teus
Não sou apenas eu que procuro
Pois a busca é a nossa partilha
No olhar que lançamos aos céus
Caímos ambos, nós, os dois
Naquela negra armadilha…

Debaixo do sol, somos sombras
De nós mesmos, para nós próprios
E apenas o toque é sentido válido
Quando a escuridão é noite eterna
Nos ouvidos surdos
Nos olhos cegos
Na boca seca
Sem cheiro

Não mais posso ver os passos de luz
Que me deixaram no amor, na génese
Pois com corridas tolas, rápidas, ofegantes
Perdi chaves e fechaduras das algibeiras
Perdi respostas e perguntas da boca
Perdi as mãos com que te tocava…
Perdi-as dos braços, que te abraçavam…

Perdi minhas mãos, as minhas mãos!!!
Que deixei nas sombras dos meus pés
Por olhar o Sol, por querer a Luz
Luz que não me pertencia ver
E a acção leva à reacção

Crime, olhar o divino

Castigo, cegueira

Vida, quebrada

Morte, lenta

Simples…
Desespero…

2 comentários:

KrystalDiVerso disse...

Confesso que me baralhou, rapaz!... Talvez seja da idade... de ambos; da minha que baralhada pela sua que me baralhou!... Acredite que isso passa com os anos que nos caiem em cima.
Quanto ao poema... não deixe que 21 aninhos o deixem acreditar na descrença!...

Escolha entre... beijos e abraços

Pandora Lupé disse...

sinceramente....... nao percebi!!!
Kiss****