quarta-feira, 14 de abril de 2010

Segredos que Matam

Silêncios escuros vestidos de ar fino
O mar sopra toda a luz nos meus olhos
E ficam as gotas de sal que chegam…
aos lábios quentes

Como se morte fosse mais uma…
noite sem estrelas

A Cruz da simpatia mais nua, o hino
Que me queima as mãos impotentes
Tremem-me nos ouvidos as palavras
as mais carinhosas

Como se fossem varejeiras
sem destino, ao acaso

E eu tenho apenas por afecto, destino
Mais uma corda branca sobre o armário
Feita do linho mais áspero, estopa crua
que tu mordeste um dia

Para no final te poder cantar,
balançando da oliveira…

A ultima melodia…

1 comentário:

Maocat disse...

E se na verdade, a morte for mais o cume das estrelas do que a noite? As palavras carinhosas, como veneno que são, torpem os sentidos daqueles a quem a última melodia, é na verdade, a canção da morte, mesmo que não física, mas morrer também é ser sem significado.

É essa minha interpretação.

t.care *