O mar sopra toda a luz nos meus olhos
E ficam as gotas de sal que chegam…
aos lábios quentes
Como se morte fosse mais uma…
noite sem estrelas
A Cruz da simpatia mais nua, o hino
Que me queima as mãos impotentes
Tremem-me nos ouvidos as palavras
as mais carinhosas
Como se fossem varejeiras
sem destino, ao acaso
E eu tenho apenas por afecto, destino
Mais uma corda branca sobre o armário
Feita do linho mais áspero, estopa crua
que tu mordeste um dia
Para no final te poder cantar,
balançando da oliveira…
A ultima melodia…
1 comentário:
E se na verdade, a morte for mais o cume das estrelas do que a noite? As palavras carinhosas, como veneno que são, torpem os sentidos daqueles a quem a última melodia, é na verdade, a canção da morte, mesmo que não física, mas morrer também é ser sem significado.
É essa minha interpretação.
t.care *
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