quarta-feira, 23 de abril de 2008

Acordar da tempestade

Magoado, ferido e despido
Fico com olhos nos olhos
Espera só mais um minuto
Consegues ver o que a dor me faz?

Mas eu ainda estou vivo em bem vivo
O que tu consegues ver, eu vejo mais
E terás de pensar antes de falar
Estou vivo, não por ti
Estou acordado, não por ti
Estou vivo já te disse
Mas se desperto,
Consumo toda a tua alma!

Toma um segundo para ti
Vira-me as costas se te apraz
Finge para mim que vives feliz
E saberei que nunca viveste
Mesmo que penses que algo em ti morreu
Esse algo em mim nunca nasceu
O que tenho foi-me pregado a ferro
E é mais duro que o teu!

Espero então que não esperes mais
Por me expores, nu à tua chuva gélida
Saberás o que é o calor do fogo!
Vê como me afasto apenas um passo
No silêncio da tempestade que vai nascer
E teme o que sou quando acordo
Pois se acordo, encontrarás a tua morte!

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