sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Guarda este silêncio

Não contes a alma alguma o que te ofereci naquela noite
Esconde entre teus lábios o recordar de tal momento
Serei a morte na tumba de palavras que tu nunca dirás
Pois não te ensinei verdade e não aprendeste mais que mentiras…

A fusão da tua mente com a ideia que te ofereci
Em momento algum a fez tua para a poderes dar e vender
Não te permito que sigas pelo caminho que te ensinei
Sem me pagares a travessia do meu rio de sangue e mar…

Sofri para encontrar os meus tesouros em terras desconhecidas
Naveguei por águas negras sem luz de lua ou de estrelas
Encontrei sem fogo o brilho do ouro mais puro e a dor mais fina
E agora desafio-te, tenta roubar-me o que eu tenho de mais duro…

Entra pela porta então, atreve-te em meu saber e enterra teus dedos
Aposta tuas mãos em meu cofre de espadas e saberemos
Se com tanto que sabes do que sou e do que não sou
Poderás salvar a tua alma, do meu cofre cheio de medos!

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