sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Alma ardente

Nascido do fogo, às chamas retornado
Queimo-me, consumo-me e elevo-me
Atinjo temperaturas vulcânicas irreais
No âmago de chamas rubras, vejo-me

Perdido em brasas, em cinzas desfeito
Perfeito final, derradeiro testamento
Subo nos fumos do meu pensamento
Do carvão morto, nasce vivo pensamento

Soberbo espectáculo, crepitar de faíscas
Rebento, estoiro e sou brilho obscuro
Caio na terra do meu pesado lamento
De tanto arder, minhas feridas não curo

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