quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O enterro

O cortejo fúnebre de anjos carpindo
Por seu companheiro alado e caído
Que vivendo se condenou na morte
Que sonhando se afastou da mentira
Que mentindo acabou por dizer verdade

O crucifixo do condenado sem cabeça
Perdida por entre os sonhos de seu anjo
Que amando se condenou na vida
Que querendo se afastou da solidão
Que desejando acabou por sentir a verdade

As asas de uma amante em lágrimas
Voando até seu companheiro da noite
Que chorando se condenou na memoria
Que lamentando se afastou do dia
Que gritando acabou com sua própria vida…

Sem comentários: