segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Apenas pedaços de jornal…

Não serão pedaços de letras a completar as tuas palavras, os teus pensamentos, os teus sentidos quebrados e por concluir, de evolução estranha que não compreendes em ti e não entendes na globalidade do ser que não é, não pode ser, é demasiado fantasioso e sonhado…

As palavras não beijam… sílabas que não tocam a pele… letras que não largam os sentidos para te atingir…

Por mais palavras que solte e por mais que queime os teus ouvidos com o fogo da minha língua nunca serás minha….


Foge borboleta… voa… pois minhas mãos de bestas esmagam tuas asas… e nada te posso dar… não me obrigues a gritar… não me ponhas de joelhos a segurar-te na ponta dos dedos…

Quero-te entre pedaços de frases, quero-te entre palavras adocicadas, mas não te quero se não te puder ter entre meus braços…


Sofro… mas não choro…


Olhos secos… raiva contida na falta de amor…


Ser bem querido e mal amado num mundo de almas perdidas…

Destino poético… fado de excomunhão desse sangue morno e corpo quente… a alma é fria… e já não suporto não sentir a tua pele…


Escuro este quarto sem ti… impuro me encontro… neste ambiente de fumos de tabaco… sou cego… pois não te vejo…

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