segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Noites no Monte Lua…

Tecidos vulgares que te cobrem o olhar de lua
Como sombra no branco és luz no negro azul
Destacas cada detalhe por entre teu reflexo
E absorves cada pedaço do que apenas era meu
Observando as cores do que só eu vi

Destapam-se dois lençóis vestidos de gente
Como formas de pano entre verniz e madeira
Em leito de chão agarram ambas mãos
E a força surge sem se mostrar em mim
Como magia conjurada para o ser que és

Abre para mim toda o mistério da noite
Segura em ti os meus segredos mais loucos
Que louco sou eu por ter os teus também
E sem saber quanto valem estes para ti
Jamais saberei se serei eu realmente assim

Diz-me sempre o que vês no olhar de lobo
Guardado em mim para as noites de lua viva
Que brava espanta de mim todo o homem
E faz nascer de novo os ser dormente
Privado de desejo por outro qualquer ser

Morre para o mundo neste segundo cruel
É fel viver sem ter sonhos para voar
Que apenas os tolos voam sem sonhar
E se é tola a minha forma de te amar
Amando-te voarei para aquele cume…

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