segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Para o meu sangue...

Naquele velho baloiço de pau
Em jardim anónimo e perdido
Escondidos por entre as pétalas
Daquela rosa sem sentido

Sentados a lado como duas cerejas
Somos fruto doce de sol poente
Vivemos em igualdade total
De quem não quer ser diferente

Irmã que partilhas de alma dura
Carregas em ti a semente original
A força para correr por esse rio
Toda tua alma é liberdade total

Pego em tua mão pela última vez
Liberto-te deste peso morto
Que sempre foi carregar em ti
As falhas do ser horrendo
Que sempre em mim senti

Sê feliz minha criança adorada
Já não tenho mais medo por ti
Sei que és mais forte e maior
Que alguma vez eu serei aqui
Neste mundo menor...

Sem comentários: