segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Maléfico pensamento

Memoria profética de um momento sagaz, audaz na rigidez do aço na ponta da lança, no cume da língua fervilhando de sons mudos na efervescência do ser cortante nos gumes extremos da heresia amorosa, apaixonadamente odioso para com o mundo e sedutor dos malefícios e incumbências desnecessárias, dos ofícios rebeldes, inutilidades do falso acto de ser não sendo e não querendo ser o que se é. A negação quase continua de tão intermitente na transmissão de cadeias sequenciais em formula magica de loucura mundana a partir do momento em que o teclado é activado na tecla “Delete” em tom de apagar e em força de eliminar sem rasto tudo o que em mim, em nós foi ser vivente e pujante sem barreiras ou grilhões.
Mas que digo eu afinal!?

Estou estúpido de tanto acontecimento que me passa pelos olhos e não pelas mãos, fugindo do controlo mas desafiando-me com soluções finas que mal se podem ver mas que cortam de tão ténue toque deixarem para trás quando acariciam a superfície suada da minha testa irracional….


Quero parar de pensar!


Tenho de parar de pensar…. Os pensamentos são demasiados, massa volúmica de incompreensão que testemunha a minha incapacidade de acomodar as transformações, mutações das percepções sujeitas a radiações intensivas e extensas na luz vermelha do nosso olhar…

A minha mente tóxica envenena-me cada dia mais e mais e mais e mais!

O antídoto é impossível de fabricar e os analgésicos não aliviam a dor que escondo, só a que mostro sem querer…

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