Antes de o tempo arrastar o vento
De o mar ser cortado pelas ondas
Ou de a terra não ser o céu azul
Uma linha foi torcida em fino fio
Que meus dedos não hão-de quebrar
Fiz para ti uma urna de desejos
De sonhos cintilantes talhados a fogo
Decorada de poemas mal amados
Que são dores da minha alma perdida
São pensamentos que te deixo, para guardar
Fechei para ti essa arca de ideias
Não a abras mais, eu te peço carecido
Porque são demónios que me atormentam
E me queimam, sempre que os soltas com o olhar
Não mais os tentes ver, fica apenas com a memória
Nunca mais abras esta caixa que te fiz
Não mais tentes sonhar com sua melodia
Porque fere saber que isso te mata aos poucos
Esta maldita caixa que me guarda pedaços soltos
E está cheia de monstros que tirei de mim…
domingo, 22 de junho de 2008
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