terça-feira, 3 de junho de 2008

Dia por nascer

Desperdiçar manhãs, a cada noite, gasta em sentimentos
Batidos pesares de alma impura, que me levam, longe demais
Que me levam constante e certamente, a correr os ventos vivos
Em busca de um utópico momento de paz, que não terei mais

Em cada aurora de dor, é desprezado o valor de uma madrugada
Cego, mais uma vez, outra vez, por cortes abruptos no olhar lavado
São ondas de lágrimas que me carregam sem qualquer destino
Não mais encontrarei as palavras para dizer: amor, não, talvez…

Perder o raiar de um Sol profundo, a cada acordar em loucura
Sonhos desligados de um ser, que se elevam tão alto, demais
Que se elevam, certeira e inevitavelmente, contra nuvens negras
Procurando num instante prometido, não dizer: nunca mais…

1 comentário:

Uma estrela errante disse...

Olá,

palavras com som e imagens relevantes...

Gostei de ler.

beijinho

singularidade