domingo, 22 de junho de 2008

Da voz, do eu, da minha razão

Da voz rouca, cansada e sem vida, não mais grita, não mais chora, apenas solta um lamento, sai lamúria de tormento, não existe salvação por sacramento pois não existe um deus, apenas múltiplos universos, compostos de infinitos… “eus”..!
Do eu que não mais sou, não fui mais, jamais serei, que não sei, como poderia algum dia compreender, ou esclarecer o que não posso sequer ver, que de querer, de tanto querer, apenas poder ver.
Já não sei, que rumo tomei, se lá chegarei, que sentido tomar e qual o sentido de tentar sem cessar, chegar… à razão..!
Da razão, não sei qual, sou folha de papel branco na agua cristalina, sou fruto perdido no vento louco, onde quer que vá cair, serei o que terei de ser, quando tiver de o ser… e por isso, já nem tento..!

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