segunda-feira, 9 de junho de 2008

Dificuldades

À eterna frustração de ver e não agarrar
Chamo eu de permanente presença
Incapacidade total de ser por incompetência
Por incerteza de qualquer outra vontade
Não agarro, não por não poder agarrar…
Mas porque mesmo querendo…
Nunca quero agarrar…

Queria tanto, mas tanto mesmo…
Poder… só queria poder…

Ao acto tolo de ainda tentar ser o quero
Deixei eu de dar nomes, para não errar
Descontrolo por inércia do planeamento
Por suspensão do sentir, por receio de sair
Não sou, não por não querer ser…
Mas como nunca consigo…
Desisto sempre de ser…

Queria tanto, mesmo tanto, tanto…
Ser mais… só um pouco mais…

À constante consumição de desejar e não amar
Queria eu chamar de algo, para ter nome
Que não passa do desencontro completo do sentir
Por medo de um qualquer passado triste
Não amo, não por não querer amar…
Mas sim porque não posso…
Pois não sei como começar…

Queria tanto, tanto, tanto, tanto…
Amar… pura e simplesmente… amar…

1 comentário:

Marisa disse...

Olá!
O teu blog está muito simples mas mas muito fixe, interessantíssimo. Gostei.
Aqui te deixo um grande beijinho desta tua amiga marisocas.